quinta-feira, 18 de março de 2010

Retomando

Entrei hoje aqui meio por acaso. Sem nenhuma intenção de escrever ou contar nada. Andei meio desmotivado com a companhia, porque em 2009 não conseguimos montar nenhuma peça. E logo num ano em que tivemos mais espaço para ensaiar! Mas, infelizmente, não conseguimos unir o elenco em torno de um objetivo em comum, como aconteceu com "Pluft" em 2008.

Mas, apesar dos afazeres da vida que nos afastam dos ensaios, percebo que as pessoas não querem deixar de participar da lista de discussão e, mesmo as que não tem mais tempo para ensaiar, querem ajudar de alguma forma: seja com a produção, som ou apenas aparecendo para dar palpite ou tomar uma cerveja. Acho que toda participação é válida. E isso ficou claro na nossa festa de Natal de 2009. Que, mesmo sem peça apresentada, sem nada definido, quase todos estiveram presentes e viveram aquele momento só nosso.

Esta semana, um email do Edu, apresentando um texto de Adilson Dias (Outra Paixão) renovou a motivação para retomarmos os ensaios e as peças. Os projetos não realizados também voltaram à tona e, pra completar, releio aqui o que já foi feito.

Termino este post com a certeza de que estamos apenas começando. Temos muito a fazer. O próximo passo? Transformar o roteiro em texto, convidar o elenco e partir para os palcos.

terça-feira, 26 de maio de 2009

Natal é tempo de vida (releitura)

Este post foi escrito no "Teorias Cobalísticas" em 19 de dezembro de 2008. Acabou que não postei aqui e só hoje, revisitando o blog do Próximo Passo, lembrei que o conteúdo também citava a Companhia. Apesar de muito pessoal, achei que caberia colocar aqui porque mostra um pouco do que o Próximo Passo. (Alguns passistas comentaram lá na época - http://teoriascobalisticas.blogspot.com/2008/12/natal-tempo-de-vida.html) "Às vésperas do Natal, recebo uma notícia triste. Uma notícia de perda... Mas é aquilo... De uma notícia de perda, nós também conseguimos tirar vida. E, neste caso, um exemplo de vida muito maior. Este final de semana será mais um daqueles de muitas ações sociais. Daremos mais dois belos passos com nossa companhia teatral amadora, que é amadora na arte, mas profissional em solidariedade e amor. O último (e acho que único) post em que citei a companhia foi um em que também citei o Lar de Beth. Uma casa que não é uma instituição, mas um verdadeiro lar. O exemplo de uma moradora de rua que prometeu a si mesma que o dia que tivesse um teto tiraria das ruas todos aqueles que dele precisassem. E é o que ela tem feito... Deu abrigo a crianças e jovens, sadios ou com deficiências físicas ou mentais. Sem patrocínios, sem apoios financeiros maiores, sem CNPJ. Quando fomos apresentar a peça no Lar de Beth, era a minha primeira visita à casa. Embora a amiga que organize as visitas e ações já tivesse insistido para eu ir, o trabalho não deixara. Quando fomos apresentar a peça no Lar de Beth, me assustei. Já havia visitado muitas instituições, mas nunca tinha encontrado uma tão necessitada e que abrigasse tantas crianças diferentes. Tenho muita dificuldade de lidar com o diferente. E quando me deparei com crianças e jovens deficientes, fiquei meio sem reação, sem saber como agir. Mas tudo foi muito rápido, pois tínhamos que montar os apetrechos de nosso modesto cenário e não tínhamos muito tempo a perder. E, quando me dei conta, a peça começou... Fizemos a peça em uma sala da casa, pois estava chovendo. No corredor da casa, o qual usávamos como uma das coxias, ficavam duas portas, de dois quartos. A peça seguia e passávamos o tempo todo pelo corredor, esperando nossa deixa para entrar. Num determinado momento, parado em frente a um dos quartos, ouvi uma voz... Um riso. O quarto estava às escuras. Foi quando forcei a vista e percebi que duas pessoas estavam naquele quarto escuro. Uma, deitada em uma cama, enquanto a outra fazia companhia. Foi assim que me dei conta da existência do Marcos. A experiência foi um susto... Porque estava parado há um tempo em frente à porta, desarmado, ouvindo a peça, sem me dar conta de que a peça também acontecia ali. Aquela pessoa ouvia e via a movimentação de onde estava. Marcos não podia sair da cama. Era jovem, mas experimentava a experiência daquela peça infantil com animação. Com certeza ria mais da nossa movimentação, das brincadeiras que fazíamos ali, do que efetivamente do que era feito para as crianças. Mas aproveitava da maneira que conseguia. Ao final da peça, tiramos fotos com as crianças. Até que alguém deu a idéia de tirar uma com o Marcos... Ao ver o quarto aceso, fiquei mais constrangido e sem reação. O jovem preso à cama, encolhido, foi um susto um pouco maior. Tentei não demonstrar pena ou constrangimento (não sei se os outros experimentaram o mesmo sentimento). Mas por mais desprendido que quisesse parecer, não consegui dizer muita coisa. Fomos embora e Marcos foi uma das lembranças fortes que levei do Lar de Beth e de tudo o que a casa representa. O tempo passou e, há cerca de dois meses, voltei à casa. Fomos fazer uma festa de Dia das Crianças, mas, chegando lá, descobrimos que muitas tinham saído para um passeio. Fizemos, então, para as que estavam lá... O quarto de Marcos estava fechado quando chegamos. No decorrer do evento, distribuímos o lanche e a Beth pediu para que algumas crianças ajudassem na distribuição. A porta de Marcos foi aberta e fomos à interação... Desta vez, o gelo foi quebrado e consegui falar. Conversei um tempo com ele, ao ponto de ficar sozinho ali, falando um pouco de música. Descobri ali um flamenguista ferrenho, que debochava dos vascaínos na véspera de um jogo entre os dois times. Gostava de hip hop, de axé e outros. Gostava de clipes e tinha muitos DVDs. Ficamos conversando até um amigo dele chegar à janela e mudar o assunto. Saí do Lar de Beth com o compromisso pessoal de fazer um presente: um DVD com músicas recentes. Mas a vida é fogo... A gente se deixa levar e fui empurrando o DVD com a barriga. Cheguei a pedir a um amigo aficcionado em baixar clipes para me ajudar, mas nem com a proximidade do Natal lembrei do DVD. Hoje, abri um e-mail e recebi a notícia seca e avassaladora: Marcos, que já vivia com alguma dificuldade, não resistiu e morreu. Marcos se foi sem que eu pudesse entregar o presente. Marcos se foi sem que, em minha pequenez e egoísmo, pudesse conhecê-lo melhor. Marcos se foi na véspera de uma festa que o grupo que ajudo realizará para as crianças e jovens. Marcos se foi sem que conseguíssemos realizar muitos dos planos que tínhamos para o Lar de Beth e para ele.Eu não poderei ir na festa de amanhã, porque, como disse, a companhia vai se apresentar em outros lugares. A estranheza deve ser grande para os que irão e encontrarão o quarto vazio. Mas, como disse, toda perda deixa um pouco de vida... A alegria de Marcos é um tapa em minha cara rabugenta. Tenho consciência de que muito de minha rabugice é gozação, implicância, mas muito é sim mania de reclamar... Marcos não deveria reclamar como eu. E tinha limitações muito maiores. Levo a alegria, o sorriso. E, embora não saiba dos conflitos pessoais dele, levo a vontade de viver que ele me transmitiu... Embora preso a uma cama, ele torcia, ele debochava, ele se divertia, ele vivia. Deixo aqui esse exemplo. Que vai muito além de mim... Que, nesse Natal, o exemplo dele sirva para cobalísticos e leitores como sinal de que podemos renascer e insistir. Um Feliz Natal pra todos! E um 2009 de renascimento!" OBS: O texto está em bloco porque não consegui editar os parágrafos. Sabe-se lá por quê...

segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

FELIZ NATAL, Próximo Passo!!!

Estamos encerrando o primeiro ano completo de atividades do Próximo Passo. E foram várias apresentações de "Pluft, O Fantasminha" em diversas comunidades (Creche Cristo Redentor em Laranjeiras, Lar de Beth em Niterói, Lar Casa Adonay em São Gonçalo, Família Santa Clara em Vargem Grande e Lar Maria Dolores e Meimei em Duque de Caxias)!

Parabéns a todo elenco pela dedicação, participação, envolvimento e alegria com que realizamos este trabalho, levando a quase 300 crianças e jovens a magia do fantasminha que tinha medo de gente!

Fiquei muito feliz em ver o sorriso de cada criança pela participação de todos vocês e por isso quero agradecer(em ordem alfabética): ao talento do Alan capaz de fazer as mais fantásticas caretas interpretando o medroso João; à desenvoltura da Claudinha que se transformou em criança e deu vida a uma simpática e vibrante Maribel (e que deve estar dolorida de tanto que já se jogou no chão ao desmaiar com o fantasminha); à improvisação da Diana que se superou ao salvar cenas da peça e falou clara e pausadamente sobre "salvar a dignidade da família, meu Deus do Céu"; à versatilidade da Drika que fez do fantasminha Pluft um fanstasma de verdade, enfrentou os medos de gente e daquele com "a perna de pau e a cara de mau"; à criatividade da Gabi que foi sonoplasta-fantasma no Lar de Beth e depois se transformou num fofo e bonachão tio Gerúndio, além de levar alegria em todo ensaio; ao Léo, domador de crianças, que faz do Julião um bebinho medroso muito engraçado e que resolve qualquer problema técnico do som; ao Marcus que lidera os marinheiros com um Sebastião que finge bem ser corajoso, cria trejeitos impagáveis e diverte todo mundo nos ensaios; à paixão da Santoro pela peça e o carinho que demonstrou pelo Tio Gerúndio, personagem que encarnou com muita determinação e talento; às fantásticas fotos do Edu que teve paciência de aturar estes loucos que fazem teatro com a namorada dele; à disponibilidade carinhosa e querida da Luana para fazer o som quando precisamos; às fotos da Júlia no Lar de Beth; ao Papai Noel que distribuiu os presentes para a família Santa Clara; a todos que participaram de alguma forma e por último, o mais importante: agradeço a Deus por ter colocado vocês todos no Próximo Passo para que juntos pudéssemos colaborar para fazer mais feliz o Natal de tantas crianças!

FELIZ NATAL e que em 2009 façamos muitas peças, levando alegria e arte a novos e variados públicos!

Amo vocês
Marcelo Muniz

quinta-feira, 20 de novembro de 2008

Barifouse acordando

Vejam o que o nosso grande ator Marcus Barifouse em um curta de própria autoria!